O clima político é de campanha, embora a mesma não esteja oficialmente aberta. Os cidadãos são bombardeados com “propaganda barata e confusa” que não ajuda as verdadeiras escolhas que precisam de fazer e são, de momento, importantes sobre o Futuro.
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Há clara crise de governança e necessidade de encontrar “figuras públicas” oriundas da cidadania para representação do Estado, substituindo as “agências de emprego das Jotas”. Todos os partidos precisam de fazer isso, sobretudo do “eixo da governação”, que se antevê mais complicada.
A crise social e económica é visível, na Europa e, por tabela, dentro de portas e vozes de alerta que têm surgido deviam ser escutadas e não tratadas pelo poder em exercício como se fossem “ataques de gente ignorante”. Tenhamos consciência de que não vai ser fácil gerar estabilidade pós-eleitoral e “olhar para a vizinhança e Europa” aconselhava reflexão profunda, pois não somos aquele “paraíso” que nos pretendem vender. Engana-se quem tal pensa e só abre com isso porta aos perigosos populismos, de direita e esquerda, porque vão dar ao mesmo, incerteza e descrédito.
Preocupa o grau de indecisão e falta de confiança nas lideranças, todas, porque não há “santos e pecadores nesta procissão” e mesmo “os crentes” têm consciência disto e das dificuldades de envolver competências sociais e académicas em responsabilidades de Estado. O que é mau, pois a “Democracia é primeira liga e não complementos regionais caseiros”, importantes mas que não resolvem a crise que atravessamos. Este é o desafio e, ou se ganha ou perde, depende dos partidos nas suas propostas para que os cidadãos possam fazer as suas escolhas. Simples, parece, mas não será fácil!
* Arquiteto e professor