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Um golo de Embaló, após magnífico passe de Nuno Santos, deu alguma luz e justiça ao Vitória no Dragão. Após uma primeira parte em que a minha equipa esteve longe de construir o seu futebol, por culpa de um F. C. Porto intenso e (mesmo) duro na disputa de cada lance, o Vitória foi superior na segunda parte.
O futebol é estranho. Quando o Vitória não conseguiu impor o seu jogo, o F. C. Porto não marcou. Quando o Vitória começou, com critério, a jogar à bola, é que sofreu. Nos minutos antecedentes ao primeiro golo, o Vitória teve um golo anulado (que me deixou muitas dúvidas) e uma grande oportunidade por Toni Borevkovic que Otávio salvou milagrosamente. O futebol é estranho, mas há “sortilégios” que, às vezes, são merecidos. O golo do Vitória surge na sequência de uma falta anedótica arrancada por Samu a Rivas, numa análise errada do árbitro. O jogador portista não só dá um empurrão ao defesa vitoriano, como joga a bola com a mão. Na sequência desse lance, o Vitória sai bem da posição defensiva e, com uma simplicidade desarmante, construiu um belo lance, culminado por uma excelente finalização. Bem feito.
Mais um empate não nos adianta muito. No entanto, creio, a equipa tem condições de acreditar mais nela própria, de ganhar confiança e reconstruir o futebol atrativo que já esta época vimos. De embalar para os bons resultados.
O Vitória entrou, uma vez mais, com 9 jogadores portugueses na sua linha inicial, o que é sempre digno de realce e um motivo de orgulho para os vitorianos. Como é o Vitória teremos que ser nós a realçá-lo, pois ninguém o fará. Se fosse um dos três crónicos, haveria incenso e mirra.
*Adepto do V. Guimarães