<p>A notícia sobre a classificação de Portugal em primeiro lugar do ranking de disponibilização e sofisticação dos serviços públicos online (no VIII estudo comparativo da Comissão Europeia sobre Administração Electrónica na Europa intitulado "Smarter, Faster, Better eGovernment"), divulgada este mês na V Conferência Ministerial de Administração Electrónica, constitui um assinalável reconhecimento internacional ao meritório trabalho desenvolvido, neste domínio, quer pelo Plano Tecnológico quer pelo Programa de Simplificação Administrativa (simplex). Na verdade - e evidenciando uma clara evolução em matéria de Administração Electrónica (recorde-se que, em 2004, Portugal encontrava-se na 16.ª posição em matéria de "disponibilidade online" e na 14.ª no nível de "sofisticação online") - o nosso país conquista agora a pontuação mais elevada quer no indicador de "disponibilidade online dos 20 serviços básicos" quer no indicador "sofisticação online". </p>
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De facto, e considerando a aposta no conhecimento, na tecnologia e na inovação como estratégicas para o crescimento económico e para a modernização de Portugal, o Plano Tecnológico - criado em 2005 - tem vindo a implementar um conjunto de reformas articuladas e transversais, promovendo, para tanto, a participação dos agentes económicos e sociais nos processos de concretização e de avaliação. Assim, e num momento em que o aumento do desemprego parece continuar - não obstante o crescimento económico - importa que se prossiga a aposta num contínuo investimento no conhecimento e na qualificação dos portugueses, fomentando medidas estruturais vocacionadas para elevar os níveis educativos médios da população e mobilizar os portugueses para a sociedade de informação.
Na verdade, só uma economia capaz de gerar conhecimento científico e tecnológico e de promover o reforço das competências científicas e tecnológicas nacionais, reconhecendo o papel das empresas na criação de emprego qualificado e nas actividades de investigação e desenvolvimento (I&D) poderá criar um novo ambiente para o investimento (nacional e estrangeiro) e para os negócios, naturalmente, também mais propício à criação de emprego.