Corpo do artigo
Apoiar as empresas tendo em vista a superação das suas inúmeras dificuldades e, simultaneamente, reforçar a capacidade para a economia portuguesa crescer, ajudando as empresas a criar emprego em Portugal, é um desafio que urge prosseguir e de forma acrescida.
Esta urgência verifica-se em Portugal, em particular no que concerne às exportações de todas as empresas portuguesas, grandes, médias e pequenas. Em especial das PME, base de desenvolvimento da economia, mas cuja debilidade financeira, associada a uma fraca performance ao nível da inovação empresarial, representam um grave problema para a competitividade do país.
De facto, a persistência de um elevado nível de falências e suas consequentes repercussões no desemprego em Portugal não podem deixar de desassossegar. Desde logo, porque o encerramento de empresas implica destruição de emprego e, naturalmente, perda de competitividade.
Em tempos de globalização, é sabido que as empresas enfrentam em Portugal, país periférico com uma economia aberta e pequena, desafios redobrados. Mas estes desafios evidenciam-se ainda mais complexos para as empresas com vocação exportadora, pois são múltiplos os factores que condicionam as variações da quota de mercado de um país nas exportações: o desenvolvimento macroeconómico interno e externo; factores estruturais, como a dotação de factores produtivos e tecnologia; a dinâmica dos fluxos do comércio internacional; e as ligações geográficas e culturais aos parceiros comerciais. E, sujeitas a um ambiente concorrencial muito exigente, as empresas portuguesas confrontam-se hoje com um de dois destinos: ou se acomodam ao mercado local, limitando a sua actividade em volume de negócio, ou projectam o seu "saber vender" no mercado global. Ora, as empresas que seguem este segundo destino enfrentam enormes adversidades que exigem novas estratégicas e recursos. Por exemplo, na actual sociedade de informação, as empresas assessoradas por recursos humanos qualificados que melhor obtiverem e tratarem informação - sendo este um decisivo elemento diferencial - serão aquelas que maiores vantagens tirarão na sua actividade comercial. Acresce que a disponibilização financeira de fundos de apoio sectorial às PME (de que é exemplo, desde 2008, o Programa PME Investe) ou de fundos para incentivos à internacionalização (QREN), a par dos diversos programas lançados pelo IAPMEI dirigidos às PME (o InovJovem, o Inov/PME, o Finicia ou o Fincresce) são, e serão, fundamentais para encorajar as empresas nacionais, mas sobretudo as PME, a afirmar a sua vocação exportadora e a competir na economia global.