Já há algum tempo que a Igreja Católica considera os meios de comunicação social como relevantes para o anúncio do Evangelho. Há pouco mais de vinte anos, em 2001, publicou os primeiros documentos especificamente sobre a Internet.
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Dada a relevância que as redes sociais adquiriram, na passada segunda-feira o Dicastério para a Comunicação da Santa Sé publicou uma nota sobre este tema com o sugestivo título: "Rumo à presença plena. Uma reflexão pastoral sobre a participação nas redes sociais".
A nota assume-se como o ponto de partida para uma reflexão que se pretende coletiva e que deve envolver o maior número de participantes possível. O sítio fullypresent.website, além da nota, disponibiliza uma série de recursos para promover essa reflexão. Propõe-se criar uma comunidade que discuta e aprofunde "o envolvimento dos cristãos" nas redes sociais.
Desde as primeiras reflexões publicadas pela Santa Sé sobre a Internet, têm-se sublinhado a oportunidade que esse meio representa para a Igreja - e os riscos que comporta. A nota agora publicada assume a importância que as redes sociais adquiriram na vida das pessoas, mas chama também a atenção para as "ciladas nas rodovias digitais".
Uma preocupação da Igreja, desde as suas primeiras reflexões sobre a Internet, é a de furar a rede. Não deixar que as pessoas se acomodem a relacionamentos virtuais, mas que os tornem reais. Em relação às redes sociais, preocupa a Igreja que as pessoas não se fechem numa "bolha filtrada" pelos algoritmos, um "ambiente digital tóxico", que as conduz "à indiferença, à polarização e ao extremismo".
O Dicastério para a Comunicação acredita que a "web social" pode ser despoluída. Desafia por isso os cristãos a empenharem-se na reconstrução dos "espaços digitais" para os tornarem "ambientes mais humanos e mais saudáveis".
*Padre