Não faço ideia o que levou Mário Nogueira a elaborar uma lista com casos covid-19 nas escolas.
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O líder dos professores devia saber que elencar e identificar estabelecimentos com casos, sem qualquer fundamentação técnica ou científica, é um método mais alinhado pelo nível do primeiro ciclo e menos à altura da cúpula de um sindicato com a importância da Fenprof.
Como foram apurados esses casos? O comunicado não diz. Quantos dos casos tiveram consequências nas respetivas escolas - encerramentos, fecho de turmas, pessoas obrigadas a isolamento? A Fenprof não informa. Quantas das situações se referem a casos ativos e quantas se tratam de casos debelados? O sindicato não indica. Os casos foram comunicados pelos responsáveias das escolas e validados oficialmente? Não sabemos.
Para quê gritar que há escolas afetadas, que afinal não passam de 2% dos 5.735 estabelecimentos de ensino em Portugal (dados Pordata 2019)? Porque lança a Fenprof estes dados sem qualquer esforço para os contextualizar, em termos clínicos ou sociais? Não sei a razão, mas sei as consequências: pânico e alarmismo.
*Jornalista