Habituados a seguir a cultura dos EUA, somos contaminados pelos estereótipos que por ali surgem.
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Um deles é o mito de que os franceses se rendem com facilidade, atribuído ao facto de Paris ter capitulado às mãos dos nazis, na II Guerra Mundial.
Sabemos por experiência própria, basta consultar um livro de história, que a resistência dos franceses não pode ser medida apenas por esse momento. E é com isso que conto amanhã, porque não é apenas na Ucrânia que se joga o futuro da Europa.
É preciso que os franceses não se rendam ao facilitismo do populismo, tal como não se renderam, em 2002, na disputa entre Chirac e Le Pen, pai da atual candidata da extrema-direita, e deram uma retumbante vitória ao mal menor. Dessa altura, recordo um slogan que me ficou marcado e que pode servir de guia neste momento: "Vote no escroque, não no fascista".
*Jornalista