Corpo do artigo
Escrevi na semana passada que nos jogos desta semana o Benfica teria de se "transcender e mostrar a qualidade que todos intuímos," pedindo aos adeptos para apoiarem uma equipa que "ainda lhes dará muitas alegrias". Pois bem, numa semana em que o Benfica não ganhou nenhum destes jogos, a verdade é que soube mostrar a qualidade que se exigia, a vontade que era necessária e, transcendendo-se até perante a doença, acabou a sair aplaudido pelos adeptos em ambos os jogos. Isso só aconteceu porque sentiram que a equipa foi organizada, deu tudo o que tinha para dar, e podia ter conseguido algo mais em qualquer dos jogos, sobretudo no de Londres, mostrando que a esperança e a crença que eu pedia há uma semana têm bons motivos para saírem reforçadas.
A defesa voltou a mostrar segurança, não consentindo mais do que duas ou três oportunidades de golo a Chelsea e F. C. Porto, o meio-campo mostrou agressividade contra dois "meios-campos" poderosos fisicamente, e só faltou um pouco mais do ataque, que trabalhou muito, mas não conseguiu criar as oportunidades necessárias para ganhar os jogos. Mas o que me agradou mais foi perceber que nos dois fatores que têm sido mais apontados como causas dos maus resultados, o aspeto anímico e físico, a equipa deu uma boa resposta, acabando fisicamente por cima do Chelsea e a discutir o jogo com o F. C. Porto e, do ponto vista anímico, apesar de alguns azares como o imerecido autogolo de Ríos, em Londres, vi uma equipa madura e confiante. Agora que 19 (?!?) jogadores partem para as seleções, resta a Mourinho, Aursnes, e "mais uns tipos" manterem esta esperança e esta crença, pois vêm aí mais batalhas para conquistar.