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Com as eleições, vêm confirmações e surpresas, alegrias e tristezas. A Norte, as autárquicas deram quase empate entre PS e PSD, com apenas três casos a escapar aos dois partidos: para independentes (Esposende e Vizela) e para o CDS (Ponte de Lima). No Minho, o "pentágono", constituído por Barcelos, Braga, Famalicão, Guimarães e Viana do Castelo, ficaria todo cor de laranja, não fosse Viana continuar firmemente nas mãos de Luís Nobre (PS). Em contrapartida, nos concelhos mais populosos de Trás-os-Montes - Bragança, Chaves, Mirandela e Vila Real - ganhou o PS. Na Área Metropolitana, entretanto, predominou o equilíbrio, com os dois municípios mais populosos (Gaia e Porto) ganhos pelo PSD e os seguintes (Gondomar e Matosinhos) pelo PS.
Aqui, no Porto, vai ser interessante seguir Pedro Duarte no cumprimento das suas promessas, como a reversão do metrobus, a revogação das três torres na Foz, a criação da linha de metro Campo Alegre-Nun"Álvares, o não acréscimo da densidade de construção e população e a contenção no turismo. Em Gaia, o grande teste a Menezes, no curto prazo, será perceber se tem força para parar a Mota-Engil, que parece ser quem manda no TGV e impõe uma estação longe da cidade, a sul - depois de Busquets e todos os demais garantirem a viabilidade de Santo Ovídio - e uma ponte só para carros (que farão maior a fila na marginal do Porto, a caminho da Ribeira). Vamos ver. Em democracia, depois de eleições, o tempo é sempre de esperança.

