<p>Em ambiente de globalização, de progressivo envelhecimento da população e de aumento sucessivo do desemprego, a União Europeia assiste aos seus momentos mais difíceis. De facto, o objectivo de encontrar um justo equilíbrio entre o crescimento da economia (e do emprego) e a consolidação orçamental começa a parecer, para muitos, difícil de alcançar. Cada vez mais dependentes de uma economia que é global, os países europeus confrontam-se hoje - não obstante o nível de interdependência atingido - com a necessidade de seguir, no plano económico e social, opções nacionais. </p>
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Atentemos no disposto na Estratégia UE 2020. Para assegurar a adaptação desta nova estratégia económica, a Comissão Europeia sugere que os estados-membros adeqúem os novos objectivos propostos - e que passam por desenvolver uma economia baseada no conhecimento e na inovação, mais eficiente em termos de utilização dos recursos, mais ecológica, e que fomente níveis elevados de emprego - à sua situação específica, isto é, que estes se traduzam em objectivos e trajectórias nacionais.
Ora, se estes objectivos - representativos das prioridades constituídas por um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo - forem implementados em cada Estado-membro sem o acompanhamento de uma resposta coordenada à crise, em particular no que concerne à degradação do mercado de trabalho, parte do sucesso desta nova estratégia poderá estar, a prazo, comprometido.
Com uma taxa média de desemprego na Zona Euro de 10% - e ante a notória incapacidade da generalidade dos países da UE em encontrar soluções de criação de emprego capazes de compensar a destruição de emprego (sobretudo industrial) - parece indubitável que estamos num momento em que só através de uma nova governance que promova maior integração económica e social e que conceba, com carácter de urgência, reformas capazes de reduzir os desequilíbrios de desenvolvimento e competitividade entre os estados, se poderá responder às dificuldades actuais, atraindo investimento empresarial e restabelecendo a confiança num crescimento económico capaz de gerar emprego.