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Há profissões que, desde sempre, atraem crianças e jovens, quer pela exposição mediática, como ser jogador de futebol, pelo idealismo, como ser jornalista para denunciar injustiças, quer até pelo glamour conquistado por filmes e séries, como ser polícia. Mas deve haver poucas coisas mais interessantes do que ser neurocientista e perceber como funciona esta coisa que temos entre as orelhas. Um destes investigadores ainda vai ter de me explicar como há emigrantes a darem o voto a um partido que não gosta de quem procura uma vida melhor noutro país, tal como merece ser estudado que haja portugueses a votar em Le Pen, em França. Aliás, esse mesmo partido ter como cabeça de lista um emigrante que por duas vezes foi expulso de um país, por estar ilegal, é já de si bastante estapafúrdio. Mas vivemos tempos complexos e faltam-me estudos para os perceber.