Baralham-me os que usam a livre expressão permitida pela democracia para defender um sistema que, por definição, não permite as vozes livremente expressas. É como se acendessem o holofote e usassem a luz e o microfone para defender o fim da eletricidade. É bastante estúpido.
Corpo do artigo
Não consigo entender se é ignorância ou se é a ideia, manifestamente errada e que por aí circula, de que Portugal é pior agora do que era há 50 ou 60 anos. Esses tempos retrógrados e perigosos estão a desaparecer da memória coletiva e há quem queira preencher esse vazio com mentiras mansas e falsamente ingénuas.
Nesse tempo não havia ordem, só havia ordens indiscutíveis para cumprir e destinos irrepreensíveis que ficaram por cumprir, mortos às mãos de um regime que protegia os ricos e gostava que todos os outros ficassem pobres e calados. Não há debate possível sobre isto e é criminoso suavizar estas e outras barbaridades.
Salazar caiu da cadeira, está morto e enterrado. Quem não sabe, que aprenda. A ignorância hoje é uma escolha. No tempo dele é que era uma missão.
Jornalista