A linguagem entre políticos e nas redes sociais anda muito pelas "ruas da amargura", ou seja, desde remoques impróprios até autênticos insultos.
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Assim se faz o "diálogo" entre responsáveis, na medida em que tudo que é dito em público, é lido e interpretado por todos e reflete o estado cívico e civilizacional de cada um. Parece que o geral dos políticos não entende isto, mas é uma má prestação à Democracia, ao seu próprio clima de trabalho.
Os políticos eleitos ou a isso candidatos têm de perceber que estão a assumir um compromisso cívico e civilizacional, aquilo que dizem é para fazer e não venderem "postas de pescada quando não têm cana para a pesca" e os cidadãos, desconfiados, já não vão na conversa, porque estão mais atentos ou cansados dos que "fazem sempre o mesmo". Isto acontece a nível mundial, europeu e no nosso pequeno retângulo, seja, parece que todos têm dificuldade de encarar o salto tecnológico e civilizacional que a Humanidade está a passar.
Estamos numa era nova, da inteligência artificial, controlada por novo poder político sem grandes regras e um capitalismo mais duro que o anterior, em que a Cidadania pouco respeito parece merecer de quem comanda os destinos dos países e das pessoas. Ora é isto que temos de perceber e usar o poder individual de cada cidadão para afirmar o seu valor, com objetivo de assegurar os caminhos da Ética e Cidadania, da Democracia como sistema de vida colectiva.
Está em causa, a nível mundial, um futuro difícil de comandar, na tecnologia e sua relação com o cidadão, com uma geração jovem mais bem preparada mas mais vulnerável nas tomadas de decisão, que precisa estar atenta aos valores da sua participação na vida coletiva, pois aí se medirá o peso dos avanços tecnológicos que estamos a viver.