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A seleção nacional de futebol feminino não falhou o encontro que tinha marcado com a história no Mundial de 2023, coorganizado por Nova Zelândia e Austrália. Dos pés de Telma Encarnação e de Kika Nazareth saíram os golos da primeira vitória numa fase final - 2-0 ao Vietname - e que alimentam o sonho de mais conquistas das nossas heroicas navegadoras do outro lado do Mundo. E como o povo diz que é o sonho que comanda a vida, que nos dá força para nunca desistirmos, a Francisco Neto e às jogadoras pedimos agora o que para muitos parece inalcançável: deixar pelo caminho a seleção dos Estados Unidos, que é somente tetracampeã mundial (1991, 1999, 2015 e 2019), e chegar aos oitavos de final do Mundial.
Muitos dirão que é uma tarefa nem mesmo ao alcance de Tom Cruise, o ator norte-americano que interpreta o espião que supera todos os desafios e mais alguns na franquia de filmes de espionagem e ação “Missão Impossível”. Que é preciso um milagre, quiçá uma ajudinha divina do Papa Francisco, já agora, pois, afinal, o jogo com os Estados Unidos realiza-se a 1 de agosto, o dia em que arranca em Lisboa a Jornada Mundial da Juventude, evento que trará o Sumo Pontífice até Portugal.
Devo ser dos poucos que acham que vamos ter uma palavra a dizer nesse confronto com as bicampeãs mundiais em título. E não é porque creio em milagres, ou seja dado a rezinhas, bruxarias, macumbas e afins. É porque acredito na competência de quem está ao leme da seleção nacional e na qualidade das jogadoras, que tantas alegrias nos têm dado ao navegarem com mestria por mares nunca antes conquistados (presenças em dois europeus e agora num Campeonato do Mundo). E acredito porque a seleção dos Estados Unidos ainda não me convenceu neste Mundial. Só temos de acreditar e tornar o impossível possível. Afinal, não temos absolutamente nada a perder. Só a ganhar. Força navegadoras! Acreditem!
*Editor-adjunto