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Vários países anunciaram que não participarão no festival Eurovisão da canção se Israel alinhar entre os concorrentes. E Portugal vai avaliar. Alguns clamam que se trata de cancelamento cultural, que os artistas têm pouco ou nada a ver com os políticos que conduzem a inominável guerra em Gaza. Não terão. Como não tinham os russos impedidos de se apresentar depois da invasão da Ucrânia. Mas a Europa também não pode ficar tranquilamente a cantar vestida de lantejoulas enquanto um crime contra a humanidade é perpetrado às suas portas. Para não falar do facto de Israel não ser Europa (sim, claro, a Turquia também não, ou pelo menos parte dela, se formos pela geografia, nem o Azerbaijão, nem, enfim, etc.). Ter os túbaros no sítio e tomar decisões que incomodam, isso sim, é ter eurovisão.