O Facebook está em queda, a perder protagonismo e utilizadores. Depois dos velórios do Orkut e do hi5, estará a malha de Zuckerberg a entrar na terceira idade?
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A tendência parece ser essa, mas dificilmente alguém avançará com segurança para uma sentença absoluta. Vale mais esperar para ver. Mas é inegável que já sinto saudades. Descontando as notícias falsas, que continuam a aparecer como grãos de areia no deserto noutro sítio qualquer, não vejo nada de bom nesta placa de fim à vista. Sem Facebook, como vamos saber se o Sol já se pôs, o que comeu o vizinho ou onde está a passar férias aquele tipo tinhoso que na infância até foi nosso amigo? Pior ainda é a indefinição de precisarmos de escolher em que rede social passaremos a deixar aquele lamento por um reles dia de chuva, ou aquele hossana ao cheirinho a terra molhada quando chove. Já para não falar na quantidade de votos de feliz Natal, feliz Ano Novo, feliz Carnaval, feliz Dia do Animal ou feliz Dia de Arcaboiço de Aguiar que deixaremos de receber. O mais certo é precisarmos mesmo de voltar à Pré-História, esse tempo longínquo em que se falava com a pessoa do lado.
*Jornalista