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Transformar a celebração do 25 de Abril e do 1.º de Maio num bafiento "São Bento em Família", a lembrar um certo programa televisivo dos tempos da outra senhora, "não cabe na cabeça de um tinhoso", como diria o meu pai. Mas afinal coube na cabeça dos nossos governantes, que não só decidiram assinalar a revolução fora de tempo (o 25 de Abril em Itália continuou a ser assinalado oficialmente, mesmo com um Papa em câmara-ardente mesmo ali ao lado), como acharam que a melhor forma seria com um concerto de Tony Carreira (nada contra o músico, que é de uma simpatia e educação extrema), mesmo a jeito para um dueto com Luís Montenegro, repetindo o feito de há uns anos. Um belo momento de campanha pago com o dinheiro dos contribuintes. Quase apetece perguntar: foi para isto que se fez o 25 de Abril?