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Podem dizer o que entenderem, mas o estádio mais difícil de se jogar fora de casa é o Dom Afonso Henriques. E é, por tudo o que envolve o Vitória: a paixão da sua gente, a garra com que defendem o clube da terra e a forma como tudo aquilo se transforma num verdadeiro inferno para os rivais se o clube da casa marcar um golo.
Este fim de semana não foi diferente, mas teve uma agravante: Rui Borges. O atual treinador do Sporting esteve no clube, até há 15 dias. E se há dor que percebo nesse sentido é a dos vitorianos, afinal de contas também a mim me aconteceu o mesmo, numa época em que tudo parecia correr de feição, o treinador decide sair ainda nem a meio se ia.
Sobre o jogo, o mister teve razão, antes do jogo, Borges disse que seria mais complicado ali que no dérbi. Não mentiu, mas também não mentiu quando disse no fim que uma equipa que quer ser campeã não pode dar-se ao luxo de fazer crescer o adversário e de sofrer três golos depois de estar a ganhar com dois de diferença.
Contas feitas: em dois jogos, Rui Borges tem uma vitória frente ao rival, um empate e…se quisermos comparar diretamente com Amorim, é importante recordar que na época passada no decorrer da 17.ª jornada o Sporting tinha mais dois pontos do que aqueles que tem hoje. (Imaginemos o que seria se não tivéssemos perdido com Santa Clara e Moreirense).
E já que estamos a falar de comparações, é importante recordar também que a época passada saímos do Minho (depois de jogar com o Braga também) apenas com um ponto. Este ano vamos com quatro. Fazer a diferença, é jogar futebol. Que venha a segunda volta.