Tarde de sol, horário convidativo, bancadas pintadas de vermelho, hino do Braga em modo de gala e duas equipas a precisar de vencer anunciavam todos os ingredientes para um espetáculo dramático. E assim foi.
O Porto entrou com mais fôlego mas cedo foi manietado por um Braga bem organizado e com muita vontade de vencer. Mais do que dominar, o Braga soube neutralizar um Porto que acabou a primeira parte completamente perdido. Consciente disso, Sérgio Conceição viu-se forçado a mexer ainda antes do intervalo. Os bracarenses não souberam aproveitar devido à ineficácia do último passe.
A segunda parte trouxe mais do mesmo. O Porto começou mais afoito mas depressa foi controlado pelo meio-campo do Braga, onde quem continua a mandar é o incrível Al Musrati. O Porto estava mais satisfeito com o empate e, por isso, o tempo sem golos corria a seu favor. O Braga, mais insatisfeito e irreverente, não desistiu de lutar e poderia ter sentenciado a partida nos últimos minutos. Foram várias as perdidas flagrantes, mas a maior oportunidade de golo foi desperdiçada por Pizzi na cara do golo no último segundo do jogo.
O que se seguiu a este final dramático é bem demonstrativo do momento do Braga - bancadas atónitas e jogadores deitados no relvado, num lamento coletivo com a injusta divisão de pontos. O Braga completou 582 dias sem perder em casa com os três chamados "grandes". Com as bancadas cheias com os nossos adeptos fica mais fácil.
A subir
A política de bilheteira do Braga faz bem ao futebol português. Foram mais de 21 mil adeptos do Braga nas bancadas, com um saudável clima de segurança e tranquilidade para os adeptos e as famílias do nosso clube. Um dia todos os estádios serão assim e os outros clubes também poderão jogar em casa.
A descer
Em Portugal só quatro clubes têm saldo positivo de golos. Em França são dez, em Espanha, Itália e Inglaterra são nove e em Espanha oito. A Liga precisa mesmo de refletir sobre a falta de competitividade do futebol.
*Adepto do Braga

