A aprovação unânime e por aclamação do Relatório de Atividades e Contas referente a 2024-2025, na Assembleia Geral Ordinária realizada no passado sábado, juntamente com a aprovação prévia do Plano de Atividades e Orçamento para 2025-2026, marca o início de uma nova era para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Esta fase é solidamente sustentada pela Assembleia Geral, que demonstrou clara confiança e alinhamento com o trabalho da atual Direção, um facto que acentua a responsabilidade dos órgãos sociais.
Da reunião magna surgiu um desafio lançado por Pedro Proença. O presidente da FPF propôs a criação de uma "task-force", composta por todos os agentes da comunidade futebolística, com o objetivo de levar a cabo uma discussão profunda sobre o modelo de financiamento do futebol em Portugal. O objetivo é encontrar uma proposta que consiga responder de forma eficaz aos desafios que se colocam a todos os níveis da pirâmide futebolística, desde a base até ao topo.
Atualmente, a FPF já destina uma parte substancial das suas receitas aos seus associados, com 24 milhões de euros anuais distribuídos ao futebol profissional, 21 milhões de euros atribuídos às Associações Distritais e Regionais e cerca de 2,5 milhões de euros às Associações de Classe. Contudo, este modelo carece de uma reflexão mais alargada e abrangente. A nova fase de união e transparência vivida pela FPF oferece o momento ideal para iniciar essa reflexão.
A discussão será conduzida por um grupo de trabalho que incluirá contribuições do futebol não profissional, através das Associações Distritais e Regionais, do futebol profissional, representado pela Liga Portugal, e das Associações de Classe. O objetivo é definir um modelo mais inclusivo e justo, que responda de forma mais eficaz às necessidades específicas de cada um dos agentes do futebol português.
Trata-se de uma discussão urgente e necessária, à qual se soma uma outra proposta importante que emergiu da Assembleia Geral, a da criação de um grupo de trabalho destinado a debater a tipologia do investidor no futebol português. Estas duas propostas são fundamentais para a reestruturação do financiamento da modalidade e para o futuro da indústria, atendendo às exigências de uma atividade que se reveste de grande importância estratégica para o país.

