Corpo do artigo
Na última crónica desejei que o Benfica pudesse ser tão forte com as equipas de menor valia como tem sido com aquelas que têm recursos idênticos, ou até superiores, e o jogo com o AVS confirmou que consegue ser intenso, pressionante e eficaz durante os noventa minutos com qualquer adversário. Depois de uma primeira parte de asfixia total, marcando quatro golos e deixando outros tantos por marcar, na segunda, e num ritmo menos intenso, souber controlar o jogo como algumas vezes não o fez e, com as substituições a acrescentarem qualidade, marcou mais dois tentos e proporcionou um belo espetáculo aos sessenta mil que assistiram ao jogo no estádio e às centenas de milhares que o viram na televisão. Com um Pavlidis a confirmar a grande forma, Akturkoglu de regresso aos “velhos” tempos, Kokçu a honrar o “Maestro” que o preside, Aursnes a ser o patrão do costume e Dahl a mostrar mais uma vez que é um reforço de “inverno” que deve ficar no verão, o Benfica, depois de um jogo atípico que confirmou a presença no Jamor, deu animadores sinais de força que permitem pensar num final de época feliz. No próximo fim de semana, com um competente Estoril, já com Florentino e Di María, mas sem Carreras, terá de manter o ritmo para poder abordar o dérbi com a confiança que todos os benfiquistas desejam. Lage tem sabido unir a equipa e fazer com que todos se sintam úteis, como com Amdouni, e será com todos fortes que o Benfica abordará estas finais, consciente que o coletivo normalmente é superior ao individual.
Adepto do Benfica