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Quando o Papa Francisco foi eleito, estava no Brasil. E mesmo naquele país de eterna rivalidade com a Argentina, ouvia-se dizer: “O Papa é argentino, mas Deus é brasileiro!”. Passados uns meses, volto em trabalho, e passo no Rio. Era, nesses dias, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). E, de repente, essa viagem tão inédita quanto imprevista torna-se na mais incrível de sempre, provando-se que Deus existe e é um brincalhão.
Naquela noite, Deus mudou a geografia, como só Ele sabe fazer, e passa o lugar do evento da JMJ para a Praia de Copacabana. E não é que o palco ficou, exatamente, em frente ao meu hotel? É certo que fiquei impedida de conhecer a cidade, mas vivi 24h/dia a JMJ.
Recordo a imensidão daquela praia de areia invisível, coberta de gente! O lençol humano ilimitado e multicolor, pintado pela bandeiras de um mundo sem fronteiras. Francisco chegou sob aplausos
ininterruptos e o meu coração quase parou de emoção ao ouvi-lo. Era a sua primeira JMJ como Papa, e a minha também. Portugal vai recebê-lo esta semana.
A visita do Papa Francisco, apesar de representar inquestionavelmente um marco religioso, transcende o domínio da espiritualidade. É amado por todos, assume-se defensor da ecologia e das transformações sociais que esta impõe. Homem simples e de proximidade, prolifera a igualdade, num mundo demasiado desigual, materialista e em progressiva degradação climática.
Francisco acredita que só as novas gerações podem mudar o Mundo. Quer que os jovens sejam, também, influencers de proximidade, promovendo o amor e a dignidade humana.
Que estes jovens, sob a sua influência, sejam portadores dessa mudança no futuro e recordem Portugal para sempre!