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O ‘report’ de balanço da primeira volta dos campeonatos profissionais de futebol, assinado pelo Barómetro e Observatório da Liga Portugal, revela números e indicadores muito positivos do ponto de vista da evolução e valorização do produto, da marca e, consequentemente, do negócio.
Vale a pena falar da curva das assistências, que se mantém em ascensão, mesmo depois de uma temporada que, é bom recordar, bateu todos os recordes (mais de 4,2 milhões de espectadores assistiram ao vivo aos jogos da Liga Portugal Betclic e Liga Portugal 2 Meu Super), assim como vale a pena falar da competitividade que se regista no principal escalão, seja no top-3, no top-5 ou entre o 6.º e o 18.º classificados (em qualquer dos casos, as distâncias pontuais são menores do que em qualquer uma das cinco principais ligas europeias), mas gostaria de me centrar noutro ponto abordado no relatório: a disciplina.
No caso da Liga Portugal Betclic, a média de faltas assinaladas por jogo, nas primeiras 17 jornadas, é a mais baixa desde que há registo (2012-13) e está a descer pela quarta época consecutiva: de 32,71 em 2020-21 para 27,33 em 2024-25. Uma tendência acompanhada pelos cartões amarelos, igualmente em queda pela terceira temporada seguida (primeira volta terminou com média de 4,98 por jogo), e pelos cartões vermelhos, que estão no melhor registo de sempre (média de 0,16).
Na Liga Portugal 2 Meu Super, o cenário não é diferente. A média de faltas assinaladas por jogo, na primeira volta de 2024-25 (29,14), é igualmente a mais baixa desde que há registo (2017-18, neste caso), e a média de cartões amarelos (5,08) e cartões vermelhos (0,24) tem vindo a baixar, sendo que no caso das expulsões trata-se do segundo número mais baixo da história.
Sem desconsiderar a intensidade do jogo e as particularidades que cada duelo acarreta, estes números refletem naturalmente um futebol mais positivo, no fundo à imagem do que se vive fora do campo, onde os clubes têm sabido defender intransigentemente e em conjunto os interesses desta indústria.