Cada geração luta pelo que considera que pode tornar o Mundo um lugar melhor. Seja lutando com música contra a guerra do Vietname com flores na cabeça, seja mostrando o rabo contra as propinas do Cavaco na década de 90, seja acorrentando-se aos portões das escolas para exigir o fim do fóssil. Ridicularizar quem luta por um mundo melhor é como fechar os olhos às exigências presentes. Gritar pela proteção ambiental, pedir mobilidade mais suave, exigir dos Estados mais e melhores respostas contra as alterações climáticas, etc. não são apenas bandeiras da moda, nem mania dos mais novos de dar nas vistas. É urgência para deixar respirar quem vem a seguir. Haja sangue na guelra para gritar mais alto que o adormecimento generalizado, que os espíritos amorfos, nada sedentos de mudanças, apenas resignados ao que existe, sem aspirações gloriosas.
*Jornalista

