Todos estamos preocupados com a possibilidade de a Europa, pela via da Ucrânia, entrar em guerra. De um lado Trump e de outro Putin, amigos por alguma razão, negócios e derivados, a "encostarem a Europa à parede" e a fragilidade desta evidente, com o "motor económico" Alemanha fragilizado e lideranças sem força. Esta situação mais que evidente, embora com apoio britânico, ameaça arrastar-nos para confrontamentos onde a impreparação e falta de unidade são notórias.
Ora isto tem a ver com as eleições que temos pela frente e com a nossa fragilidade estrutural, pois embora digam que temos economia sólida, o ministro Castro Almeida avisou que somos só "menos pobres do que já fomos" mas é um risco embandeirar em arco pois o futuro não será fácil e exige profundas mudanças, políticas e sociais, pois estamos numa mudança tecnológica e social, de civilização.
Este futuro, porventura agravado pela guerra, não ajuda a União Europeia e, por derivação, o "sempre distraído" Portugal, onde quase todos julgam continuarmos "um mar de rosas à beira-mar plantadas". Sempre fomos assim e os políticos disso nos querem convencer, numa manifestação de incompetência que pode atingir o desastre.
Que Trump e Putin nos julguem assim não admira, escolhem-se como amigos e têm de encontrar nos europeus o "inimigo comum", aquele que "está mais à mão" e fragilizado, pela diversidade e falta de coerência das suas políticas. As presidenciais que andamos a discutir mostram isto mesmo, muitos na corrida mas de "motores gripados", quer dizer, escolhas difíceis e pouco convincentes, o que nada ajuda a evitar guerras que ninguém deseja.

