Guimarães, Capital Verde Europeia 2026
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Guimarães vinha, há alguns anos, a preparar-se afincadamente para um dia ser Capital Verde Europeia. Esta semana soube do resultado da sua candidatura e, com mérito, ganhou esse prémio. Conheço bem a autarquia e o empenho político e técnico que todos depositaram neste percurso traçado. Por isso, fiquei muito feliz. Diria que, por breves instantes, até me senti vimaranense.
Escrevo sobre este assunto porque é justo destacar o trajeto que a cidade tem percorrido. Guimarães nunca foi mais do que as outras, mas fez o seu “caminho da pedra” com trabalho, esforço, dedicação e muita paixão. Quem não reconhece a garra dos vimaranenses? O brio que têm na sua identidade, na ligação à terra, às dinâmicas locais e à vida entre o casario património mundial, é-lhes bem reconhecido. Todos sentimos o perfume que esta cidade nortenha irradia quando, vaidosamente, pisa os palcos do mundo, mostrando a paleta do seu portfólio. Sempre soube planear o seu futuro, antecipando-o e trabalhando continuamente, mesmo sabendo que os resultados seriam demorados e exigiriam muito esforço.
Foi assim que, em 2001, conseguiu ser Património da Humanidade; em 2012, Capital Europeia da Cultura; em 2013, Cidade Europeia do Desporto; em 2023, viu a extensão da área de Património da Humanidade a Couros e, agora, será Capital Verde Europeia 2026. E o método tem sido sempre o mesmo: terem uma estratégia política sem medo, planearem, definirem bem o programa, e, de seguida, passar para os projetos e obras. Esta postura tem colocado Guimarães na linha da frente, porque o que a motiva, não são os envelopes dos quadros comunitários, mas os projetos que realmente integram o percurso dos seus sonhos.
Muitos parabéns, Guimarães!
* Especialista de Mobilidade Urbana