Para lá da Jornada Mundial da Juventude há um outro país que se esperava que não ficasse suspenso. Há uns anos, perante uma afirmação de que seria necessário "suspender a democracia" para resolver os problemas do país, caiu (e bem) o "Carmo e a Trindade". Então, como é possível manter em suspenso, durante tantos anos, os direitos básicos e fundamentais de determinada classe profissional?
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Como aceitar que em junho de 2023 ainda não tenham aberto os concursos para as promoções de 2022, repito, 2022!
Como aceitar que, em 13 anos, não tenham sido preenchidas todas as vagas nas diferentes categorias da carreira de chefes e, no mesmo período, se tenham inventado (porque é disso que se trata) funções, complexidades ou serviços para continuar a promover uns quantos, mesmo sem vagas por ocupar?
Como aceitar que profissionais, que esperaram mais do que 25 anos por uma promoção, se vejam agora ser colocados a mais de 300 km da residência? Será apenas por incompetência ou má vontade, pois que não faltam vagas (a preencher) nos locais de origem!
Imaginem como seria um supermercado se nem a gestão de stocks e a reposição das prateleiras fosse capaz de organizar!
Como compreender e aceitar que a revisão dos suplementos remuneratórios (aguardada desde 2015) continue por realizar?
Como aceitar que para uns haja sempre soluções (ao ponto de se duplicar o valor/hora para cessarem as greves), mas nem sequer se responda a pedidos de reuniões de outros (nós)?
Grandes organizações, como o é a Polícia de Segurança Pública, têm de ser pensadas e organizadas a médio e longo prazo. A sua história com mais de 150 anos assim o exige e a segurança não pode ficar eternamente suspensa!
*Presidente do SNCC/PSP