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Li, numa notícia deste jornal, datada de outubro de 2023, que o serviço de batismo das depressões meteorológicas que nos assolam, é da responsabilidade dos institutos de Portugal (IPMA), Espanha e França, para este pedaço de Europa. Seguindo uma tradição germânica, a que outros países aderiram, os três países latinos começaram a dar há cerca de uma década nome às tempestades que os assolam. Diz-se que dar nomes às tempestades, ajuda as pessoas a terem mais cautelas. Duvido, mas enfim. Agora dar Hermínia ao nome desta depressão é desconhecer a Hermínia fadista, a Silva, que foi castiça e não castigadora.
Quem está em depressão é a nossa equipa e os seus adeptos. Depois de meses ensolarados de grande futebol, de atitude e caráter, temo-nos resumido a uma má caricatura daquilo que fomos, há bem pouco. Eu sei que as vendas atrapalharam a concentração da equipa, a saída de Rui Borges principalmente, e que as arbitragens são sistematicamente contra nós, e já nos roubaram pontos que nos permitiriam estar numa posição bem melhor ... ainda neste jogo, o mesmo árbitro que nos marcou um penálti, no jogo com o Boavista, quando Manu é empurrado por um adversário e, como consequência, deu com a mão na bola. Nesse jogo considerou não natural a posição do Manu (pudera!), no domingo, olhou para nós, as vítimas, e já achou natural a mão do jogador canarinho. Coerente: sempre contra o mesmo.
Depois da tempestade vem a bonança. E tudo o vento levou é um filme que não estamos preparados para assistir. Mude-se a fita!
*Adepto do V. Guimarães