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Tornou-se senso comum que as lutas contra as alterações climática e as ações mais arrojadas de alerta são alarmistas e, cruzes credo, até podem provocar alguns estragos, como um fato pintado ou um vidro partido. Se calhar está na altura de repensarmos isto, olhando para os "pequenos" estragos em Valência e o que nos espera no futuro. Um número de mortos que ainda não é possível quantificar e milhões de euros de prejuízos materiais. Se calhar, uma empresa milionária ter de limpar uns vidros não é assim tão grave, se ajudar a sensibilizar para as alterações climáticas. Lembra-me aquela magnífica declaração de Cotrim de Figueiredo, que considerou a expressão "emergência climática" parte de uma agenda e que até fazia parecer que era um problema urgente de resolver. Continuemos assim, que em breve já sobra pouco para salvar.