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É a primeira vez que escrevo na véspera de Natal. Confesso que demorei a concentrar-me e a inspirar-me. Queria que fossem palavras de luz e que se soltassem devidamente articuladas e afinadas como se se tratasse de uma pauta musical com a mais melodiosa canção de Natal.
Hoje temos, formalmente, a noite mais pequena do ano. Em todo o Mundo, esta é uma noite muito especial e, independentemente das diferenças de culturas e religiões, todos, de uma forma ou de outra, celebram esta festa global.
E porque se diz que é a noite mais pequena do ano, quando o solstício de inverno ocorreu no dia 21? Certamente, porque é nesta noite que desejamos que a cidade seja a mais quente do ano, a mais afetuosa, mais solidária. Hoje, desejamos que ninguém esteja sozinho. Que todos tenham direito a uma casa, a uma mesa farta e a um abraço.
E todos nós sabemos que quando assim é, o momento se transforma em força infinita, desenhando melodias de união tão intensa que fazem o tempo parar.
Que este tempo de Natal permita que cada um tenha uma vivência de proximidade, espírito coletivo de partilha, e reflita sobre a sua atitude, num planeta com inúmeros problemas a mitigar.
Por fim, que nesta noite quente de Natal, as luzes da cidade se transformem em luzes de calor para tantos sem abrigo e sem família, numa sociedade cada vez mais individualista, consumista e desigual.
Que a cidade seja noite de Natal para todos, berço de paz e amor.
A todos os meus leitores e amigos, uma noite muito feliz!