Numa altura em que se questiona o papel que deve ter a Inteligência Artificial (IA), inevitável em nome da evolução, é tempo também de se debater se o recurso a ela não deve merecer consenso.
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O mundo do espectáculo tem mostrado o seu apetite pela IA. Veja-se os ABBA, que regressam aos palcos mas em forma holográfica que lhes permite aparecer tal como antigamente: jovens. Os D"ZRT também recorreram à IA no ressurgimento da banda nascida em 2004 com a série "Morangos com açúcar". Angélico, que integrava o grupo, morreu num acidente em 2011 com 28 anos. Nos concertos agora em digressão, um holograma mostra Angélico envelhecido, falando e cantando com a plateia. Um "avatar" que causou desconforto à mãe do cantor e a outras pessoas que assistiam. Não estamos preparados para a imortalidade. Nem estaremos se valer tudo.
*Jornalista