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A Humanidade é novamente convocada para alianças de paz e de cooperação, combatendo o fanatismo e os extremismos. A luta será entre os radicais e fundamentalistas e os que acreditam na possibilidade de soluções que promovam a paz e os direitos dos povos, numa coexistência pacífica.
Um desfecho estável para o conflito entre Israel e a Palestina não pode continuar a ser atirado para um futuro longínquo e indeterminado. Afinal, os que continuam a ser massacrados são os inocentes, cujas vidas são destruídas e ceifadas em crimes atrozes, num rasto de destruição inimaginável.
A Rússia invadiu a Ucrânia, e vimos e ouvimos pessoas russas que se insurgiram contra a guerra. Agora, com o ataque condenável que o Hamas desencadeou sobre Israel, não significa que os palestinianos sejam todos extremistas e terroristas como o Hamas e lutem até à morte. E, a barbárie do Estado de Israel contra o povo palestiniano não deve conotar todos os judeus, mas sim os radicais israelitas que estão no comando de uma democracia fantasma. Como tal, a violência, a intolerância e o ódio contra pessoas russas ou ucranianas, israelitas ou palestinianos, judeus ou muçulmanos não têm razão para ganhar terreno.
A história esteve adormecida e, hoje, somos chamados para que esta monstruosidade não sobreviva, mobilizando-nos contra o ódio de todas as formas e de todos os tipos, na defesa intransigente dos direitos humanos.
O antissemitismo é dos mais resistentes tipos de ódio. O seu combate deve ser de todos, e não apenas das primeiras vítimas no Médio Oriente. Mais cedo ou mais tarde, direta ou indiretamente, seremos atingidos pelo ódio.