Este vosso escriba - "vosso", no sentido em que consegue irritar gente em todos os quadrantes e afectos aos 3 "grandes" - encontra-se em trabalho na Florida, EUA, e tal aventura permite tirar algumas conclusões relativas à Desliga Portuguesa.
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Desde logo, o facto de os nativos deste estado norte-americano não terem má opinião no que concerne ao nosso campeonato. Essa é a boa notícia. A menos positiva, bom, é tal dever-se ao facto de não terem qualquer opinião. De todo. O nosso soccer chega aqui tão eficazmente como um igloo. O "sunny state" não sabe nem quer saber. A única referência futebolística que pude testemunhar foi um colossal outdoor com Leonel Messi e o seu novo "epic burguer". Na Flórida, sê floridiano "I guess".
Naturalmente tentei acompanhar como pude os jogos desta jornada em que o Sporting recuperou lastro, o Benfica deu a volta a um resultado (ó júbilo, ó glória, ó louvor), e o Porto confirmou o passeio que tem protagonizado esta época.
Mas não admira que se ligue pouco a Portugal, apesar dos latinos dominarem este Estado. É que eles, tal como o americano médio aliás, estão demasiado preenchidos com a imensidão de desportos do seu próprio território. Basta entrar num "sports bar" a qualquer hora e ver como há grupos diferentes a seguir apaixonadamente basket, hóquei no gelo, football, baseball, MMA e até - pasme-se - luta greco-romana. E muitas destas competições são 100% universitárias.
Em Portugal o que temos? Uma Secretaria de Estado do Desporto. Curiosamente também ela tão eficaz e útil como um igloo.
A subir
Nico Gaitán. Marcou ao Porto pelo Benfica, Braga, e agora Paços. Não é para qualquer um.
A descer
Quando te dás conta que, no mercado de inverno, o Paços de Ferreira soube reforçar-se melhor do que o SLB.
*Adepto do Benfica