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Quem vai acompanhando o cinema que chega dos EUA poderá estar familiarizado com o termo "mexican standoff", que é como quem diz um impasse. Neste caso, com pelo menos três pessoas armadas em que nenhuma quer dar o primeiro tiro, como medo da retaliação, mas também sem querer pousar a arma, com medo de um ataque. Um equilíbrio impossível, em que mais tarde ou mais cedo algo vai correr mal e um tiro vai dar origem a um banho de sangue com resultados imprevisíveis. Os três ameaçam, cerram os dentes e dão aquele pequeno passo em frente a fingir um ataque, enquanto tentam uma reação que justifique o disparo. Podia ser uma descrição fiel de um qualquer western spaghetti, mas é apenas mais um dia do Governo e da Oposição em Portugal. Só falta saber quem tem o dedo do gatilho mais nervoso.