Portugal é um país envelhecido. Tudo o que pudermos fazer para apoiar os nossos jovens deve ser feito, certo?
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Portugal é um país com baixa competitividade. Precisamos seriamente de elevar o nível de qualificações da nossa massa trabalhadora, certo?
Em Portugal são ainda poucos os que têm um curso superior, ainda menos os empresários licenciados. Nenhuma das coisas é boa, certo?
É notória e reconhecida a qualidade do ensino em áreas exigentes como a medicina ou as engenharias, certo?
É ainda mais notória e reconhecida a performance dos profissionais portugueses nessas áreas, certo?
E ainda mais a falta de profissionais disponíveis face a procura interna e internacional, certo?
Por que razão têm, então, tantos dos nossos alunos com vocação e empenho para seguirem, por exemplo, uma destas áreas, de ser excluídos por não terem conseguido as estonteantes médias de 18, 19 ou 20 hoje requeridas?
Com que lógica um país à míngua de jovens qualificados os proíbe de seguir a sua vocação empurrando-os para segundas ou terceiras escolhas, ou pior, para segundos ou terceiros países?
Teria graça ir ver com que média entraram para as respetivas faculdades os nossos grandes médicos ou engenheiros...
Sim, sabemos que as engenharias e as medicinas são cursos caros, por isso a rede privada não supre essa falha do ensino público.
Mas talvez fosse um desígnio pelo qual nos devêssemos bater, um objetivo pelo qual pudéssemos suportar mais um qualquer imposto indireto.
Pelo caminho, fechávamos tantos cursos sem alunos em zonas deprimidas substituindo-os, nos mesmos locais, pelas novas escolas de engenharia ou de medicinas ou de qualquer outra área para a qual haja procura comprovada.
Não é preciso inventar a roda e é absolutamente proibido desperdiçar talento!!!
*Analista financeira