Corpo do artigo
Todos sabemos do problema ambiental que o planeta enfrenta e da urgência de, coletivamente, contrariarmos este caminho catastrófico. As novas políticas tendem, conceptualmente, a acompanhar esses desafios, mas as práticas nem sempre o demonstram.
O tema que hoje quero abordar são os pontos de encontro nas entradas das autoestradas. Há muito que defendo que se deveriam criar, nas entradas, parques de estacionamento para a partilha de viaturas.
Hoje, para partilharmos a viatura, é obrigatório entrar no troço pago e percorrer vários quilómetros até à estação de serviço. E no sentido inverso, fazer novamente vários km, sair no nó mais próximo, entrar no sentido oposto para largar o passageiro na referida estação, entrar no automóvel e ambos percorrerem mais quilómetros para voltarem a sair e entrar, seguindo-se, finalmente, o sentido do regresso a casa.
Ora, a maior parte das vezes, os utentes desistem de tantas voltas e resolvem cada um ir no seu carro, replicando quilómetros e custos. Era muito importante que as autoestradas projetassem, nas entradas, estes pontos de encontro e estacionamento para o “carpooling”, de resto, como vamos vendo ao longo do país nalguns sítios que, informalmente, foram nascendo junto aos nós, como respostas práticas a esta procura cada vez maior. A redução e racionalização do uso do automóvel devem ser objetivo das políticas públicas. A prática de “um carro por pessoa” é economicamente irracional e ambientalmente irresponsável. Tentemos mudar a nossa atitude.