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Ainda se lembram do pueril "vai ficar tudo bem" e da ideia cor de rosa de que a humanidade ia sair melhor depois dos confinamentos e da covid-19? Todos os dias percebemos o quão ingénua era essa ideia. Ora vamos lá ao primeiro balanço de novo ano: sem apoios sociais, mais de quatro milhões de pessoas em Portugal viveriam na pobreza, mesmo trabalhando a tempo inteiro; no Brasil, milhares de pessoas invadiram os edifícios dos órgãos de soberania reclamando para si a legitimidade ou não de aceitar um Governo eleito (pequeno aparte: não foram os negros favelados ou os proscritos da sociedade que se revoltaram); descobri que no Reino Unido as empresas de energia obrigam as famílias mais pobres a ter contadores de eletricidade pré-pagos, que se apagam quando chega ao limite do crédito. Irra, que estou farto da Humanidade.