Este ano não quero saber do Pai Natal, essa invenção americana e lançada pela Coca-Cola. Este ano sou por Jesus, esse homem de madeixas douradas que conseguiu transformar-se em cidadão brasileiro em menos de um fósforo.
Corpo do artigo
Não me levem a mal os que julgarão que estou a fazer troça de outro Jesus, o Cristo que esteve em palhinhas deitado. A história do presépio é algo encantatório, que me entrou nas memórias e será sempre símbolo de Natal.
Nesta época, porém, não é de estranhar que quando alguém fala em Jesus, se pergunte qual deles e, perante o nosso espanto, a resposta seja sempre outra pergunta: "o das palhinhas ou o do Flamengo?". Não esqueçamos que o Jesus, o do Flamengo, já foi "rei" em terras lusas, mas, se calhar, por via de espíritos santos de orelha, acabou lá fora.
E arrancou um número gigante de adeptos do Flamengo não brasileiros. Tem mérito. Pudera, com Deus como adjunto... Bom Natal.
*Jornalista