O mais importante do jogo contra o Arouca foi, para mim, a entrada no onze principal dos jovens Miguel e Gonçalo Nogueira, da formação do Vitória. E não deslustraram. Pelo contrário. O treinador fez muito bem em neles confiar.
A aposta nos jovens jogadores nacionais foi - e, creio, ainda o é - uma aposta do meu clube. O Vitória foi o único clube português que entrou em campo, nesta jornada, com uma maioria de jogadores nacionais. Nenhum outro assim o fez. Os outros clubes entraram com 2 ou 3, Rio Ave e Estrela entraram sem nenhum! Nos anos anteriores o Vitória chegou a jogar com 8, 9 jogadores portugueses. Mas a febre dos camiões de jogadores estrangeiros também nos atingiu. De raspão, espero eu.
A minha expetativa para este ano é curta. Não vou sofrer por não alcançar o céu, quando é preciso calma para nos segurarmos em terra. E os exigentes adeptos do Vitória estiveram com a equipa e acarinharam os jovens, a esmagadora maioria assim o fez. O pessoal do lenço branco ou dos insultos nas redes sociais existe em todo o lado. Não vale a pena dramatizar, nem lhes dar importância demasiada. O problema deles não é com o Vitória, é com eles próprios. E isso é um problema de psiquiatria.
O resultado deixou-me maldisposto, é verdade. Mas o clube é mais importante. E isso é o que a esmagadora maioria dos sócios sente, não tenho dúvidas. O presidente decidiu pôr a pressão sobre ele e não na equipa. Fez bem, mas exagerou. Calma. Ainda há pouco milhares de vitorianos foram às urnas pela estabilidade. Foi claro o resultado e não me parece inteligente transformar tudo isto numa telenovela mexicana. Haja juízo.

