Liberdade é responsabilidade
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Há 51 anos, um sopro de liberdade e de coragem varreu Portugal. O 25 de Abril de 1974 pôs fim a décadas de opressão e censura. A liberdade conquistada abriu-nos os horizontes de um país mais igual, mais tolerante e mais democrático.
Cumprir o Poder Local Democrático – uma das conquistas mais emblemáticas da Revolução dos Cravos – é materializar esses princípios, é cumprir a aspiração coletiva de liberdade, solidariedade, igualdade e prosperidade.
Enquanto autarca, são estes os pontos cardeais que orientam a minha gestão. Os resultados estão à vista! Como revelou o Relatório de Gestão e Contas de 2024, aprovado na última semana, Vila Nova de Famalicão vive tempos de grande dinamismo e crescimento, sustentados na forte solidez da estrutura financeira da autarquia que resulta necessariamente de uma gestão equilibrada e responsável. Não há boas contas sem boa gestão e sentido de responsabilidade!
A atividade política e a sua credibilidade são decisivas para que Abril se mantenha atual e para que não voltem os tempos do obscurantismo. A política é essencial à democracia.
São, por isso, necessários bons e responsáveis políticos, mas é igualmente decisivo que esta responsabilidade seja partilhada por toda a sociedade. Os cidadãos podem e devem ajudar a fazer brilhar Abril e a liberdade. Construir verdades alternativas, julgar as pessoas e as instituições sem verdadeiro conhecimento de causa, catalogar os outros e as suas ações com base na maledicência é um uso perigoso da liberdade. Já muitas vezes se disse que liberdade exige responsabilidade e é verdade.
A saúde democrática depende muito dos políticos, mas começa em cada um dos cidadãos. Começa na capacidade de cada um analisar e ajuizar a realidade por si próprio. No uso individual de uma liberdade que não promova a intolerância, o obscurantismo, a falsidade e a calúnia.
Sem cidadania responsável não há saúde democrática. Em tempo de eleições esta é uma verdade de que não nos devemos esquecer.