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Agora sim, chegámos à derradeira semana. Antes do dérbi, a ansiedade tomou conta de mim, pouco respirei ou pensei durante a semana, a minha vida desportiva resumia-se àqueles 90 minutos… inspira, respira , não pira. Passei a semana ansiosa e assim que o chegou o dia parece que desaprendi. De respirar, de reagir, de tudo. Confiante, como um leão deve estar, mas cautelosa, porque muitas são as presas que nos querem fazer mal. O jogo arrancou e, depois do golo de Francisco Trincão, só voltei a ser eu mesma quando o Benfica marcou, o receio voltou. Os fantasmas, os arrepios. O tempo não anda, não passa… finalmente! Apito final! Tudo adiado uma semana, tudo por decidir e já com o Marquês pronto para ambos os lados.
Do mal, o menos, mas tanto quisemos que ficasse resolvido o mais rápido possível, que o universo pensou “já que é para aguentar, aguentamos todos mais uma semana”, mantemos as máquinas de oxigénio ligadas e respiramos através de memória. Falta uma semana, estamos todos a precisar que isto termine, mas precisamos de ser felizes. Merecemos. E estamos tão perto, que o podemos sentir.
Foi uma época que doeu a passar, que nos magoou tanto, que nos demonstrou que só o clube é insubstituível, que só nós, adeptos, que andamos atrás, que não deixamos de estar, que cantamos e sonhamos, é que podemos demonstrar que não há amor nenhum que possa ser sentido como este, que não há amor nenhum que se possa comparar a isto.
Seremos felizes. Só dependemos de nós para que isso aconteça.