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Alguns políticos, já extensivo ao futebol, usam "palavrões", termo antigo e pouco recomendado, para se referirem a adversários, na praça pública e nos meios de comunicação, o que ocorre cada vez com mais frequência. Mas que é, a todos os títulos, lamentável e dá a imagem do "estado a que isto chegou", no Portugal que é o que interessa mais diretamente.
Falta de respeito e educação, ampliadas nas "redes sociais" que divulgam todo o tipo de aldrabices, mentiras e negócios, muitos deles escuros. Por estes caminhos, não avança a nossa Cultura e Civismo, a Educação e convivência democrática que definirão o modelo de futuro social e coletivo de Portugal.
Impõe-se uma mudança de rumo, a abranger os próprios atores e comprometer as instituições que representam e de que dependem profissionalmente e os "media" que se atropelam para dar a público a mesma mentira ou alarvidade. Parece haver uma estratégia de tipo "negócio de interesse comum", em que as regras de respeito e boa educação foram atiradas para o "caixote do lixo", único mercado onde os cidadãos poderão adquirir o produto "opinião".
Há quem culpe a "inteligência artificial", que terá o seu grau de novidade, mas penso, pois sei pouco disso, que não pode arcar com todos os desmandos daqueles que dela se querem servir para fins ínvios e contrários ao correto interesse colectivo. Estamos numa mudança tecnológica e civilizacional, os poderosos dela se querem aproveitar sem olhar a meios, mas as sociedades democráticas têm de reagir, saber que há mudanças irreversíveis mas nas quais devem participar olhando para a frente e não adormecerem ao som desta "música ilusória que só interessa aos surdos de ouvido mas que dominam os instrumentos". Acordemos, enquanto é tempo!

