Terminou no domingo a Feira do Livro do Porto, que foi um êxito. O local, jardins do Palácio, e o tempo favorável ajudaram, mas a quantidade de visitantes, com peso de juventude, são sinais favoráveis ao livro em papel.
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A leitura faz-se hoje muito pelo digital e o livro e o jornal acusam o facto, pois os novos hábitos ganham terreno, pela facilidade de acesso e sua simplificação prática. Sou dos que preferem a escrita em papel e a leitura no mesmo formato, do jornal e revista ao livro, geração dos “antigos” mas que não enjeita algum virtualismo, sobretudo em sistema misto, arrancando do papel para o computador e desenvolvendo os textos em processo complementar, por conveniências operacionais.
Sobre o livro, sendo suspeito porque já publiquei 14 e tenho em “carteira” mais material, direi que uma coisa é folhear as páginas do papel, sentir-lhe “o cheiro” que faz parte da trama, imaginar a história como quem mastiga os factos, é essa riqueza que se saboreia e ajuda no contrato entre autor, meio de expressar criação e garantia de absorção.
Todo este processo passa pela autoria, edição e divulgação, incluindo o peso do investimento comercial, hoje parte fundamental do “negócio” extensivo a toda a “comunicação social”. Daí a importância das feiras do livro e o agrado de ver tanta gente nelas, sobretudo jovens, pois é sinal de que o futuro da leitura/cultura não está perdido, precisamos é de afinar linguagens e interesses, a partir da escola, da origem à universidade, e às exigências de deontologia profissional do jornalismo, mesmo que isso envolva custos de exercício. Livro e jornal são peças fundamentais da manutenção e reforço da Democracia. Não estando a tarefa fácil, é fundamental para isso contribuir.