Na última semana, a União Europeia no seu todo e os governos de cada país repetem, em apelos e em anúncios de novas medidas, o grito do corte no consumo de eletricidade. A meta de reduzir 10% até março do próximo ano será difícil de cumprir em Portugal já que o consumo até é dos mais baixos per capita, o que significa que há pouca margem de manobra. A fatura do mês talvez fomente maior cuidado, mas ninguém esbanja luz. A redução do IVA para 6%, apenas para um consumo de 100 kWh não o permite. A poupança será irrisória - pouco mais de um euro. Não é a fatura no seu todo que vai baixar, oxalá fosse. Pior, um em cada cinco portugueses vive em pobreza energética. Posto isto, como é que se corta o consumo de luz sem investimento de longo prazo quer para consumidores domésticos quer para empresas?
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