
Apesar do arranque de campeonato verdadeiramente formidável, não se pode dizer que o F. C. Porto tenha encontrado a fórmula ou o antídoto para enfrentar qualquer adversário. Na Liga Europa fomos vencidos por uma equipa física, na Liga nacional fomos incomodados - em nossa casa - por equipas que nos sabem esconder a bola. Se com o Nottingham Forest a tentativa de nos equivalermos fisicamente na luta foi um erro de abordagem, já contra Braga e Estoril os problemas foram outros e recomendam análise que Farioli não descuidará. O treinador italiano referiu que tinha estudado sete planos para o jogo e o Estoril apareceu com o oitavo. Não será falta de estudo mas é um caso.
Há algo diferenciado nestas equipas com um meio-campo tecnicamente capaz e rendilhado, apoiado em desmarcações curtas e apoiadas, algo que impede o F. C. Porto de ter bola, controlar o adversário e impor o seu jogo. Contra o Estoril, não foi um mau jogo coletivo (como sucedeu frente ao Nacional), foi antes algo que ainda nos ultrapassa: como roubar a bola com contundência a uma equipa que cria espaços mesmo quando enfrenta a nossa intensidade? Ainda assim, este é um F. C. Porto adulto e comprometido, justo vencedor e líder, com uma vantagem que pode alargar na próxima jornada de "derby" lisboeta. Quem adivinharia este início de época com tantas mudanças e recomeços? Este F. C. Porto de Farioli já esteve perto de ser desmontado mas percebe-se que isso só acontecerá se quebrar, nunca por torcer. Com o regresso de Varela e de Luuk de Jong, com uma rotatividade bem exercida e dois reforços cirúrgicos de inverno, o sonho dos Aliados fica mais perto.
