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Já ninguém sabe bem quantos anos levam as obras da Linha Rosa do metro, nem a extensão do atraso, mas o estaleiro está aí, na Praça da Liberdade, nos Loios e Almeida Garrett, ao fundo de Mouzinho, em Parada Leitão e no Carregal, ou onde existiu o Jardim de Sophia, perto da Praça de Galiza.
E o pior é que talvez a linha fosse dispensável: podia ser mais rápido ir de autocarro, se houvesse faixas bus e veículos confortáveis a passar todos os 5 minutos, do que ter de ir abaixo de terra para andar só 2 a 4 estações. Ou seja, entre os efeitos (obras) e o custo (100 milhões/km) é (muito) duvidoso que a linha tenha sido uma boa opção (técnica e política), sobretudo depois que a ligação desde Santo Ovídio à Boavista seja garantida pela Linha Rubi.
Do caso do metrobus/BRT não queria falar mais. Estavam todos na sua apresentação, a bater palmas: milhões para se ganharem uns minutos. Agora, depois de peripécias ridículas, a Avenida da Boavista está transformada numa quase autoestrada e ninguém quer ser o pai do "coiso". Mas, feita a asneira, o mínimo que se exige é que se entendam: Metro, CMP e STCP e desatem o nó da volta junto à Rotunda. Ponham lá isso a andar, antes de se iniciarem obras para estender o percurso até Matosinhos. Senão, o ministro Pinto Luz, o da solução para a VCI em 2024 e que anuncia 93,5M€ para um BRT em Lisboa e Oeiras, que se deixe de fazer de morto e intervenha: se o Estado tem 99,92% do capital social da Metro, há de ter algum poder.