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Parabéns “Jornal de Notícias”, património do Norte, de Portugal e dos portugueses, pelos 137 anos de serviço público e de serviço ao público. Parabéns aos colaboradores e aos leitores, à família JN.
O XXV Governo de Portugal, que tomará posse nos próximos dias, emanado da vontade inequívoca dos portugueses nas eleições de 18 de maio, terá quatro anos para conduzir o país até ao limiar da nova década. Este horizonte de estabilidade política e governativa é um ativo transformador que não será desperdiçado. Há tempo perdido a recuperar, atrasos a ultrapassar, desafios complexos a vencer. Por isso, a pergunta-repto do “Jornal de Notícias” – “Onde queremos estar em 2030?” – é da maior relevância no momento definidor que Portugal, a Europa e o Mundo atravessam. A resposta pode não depender só de nós. Mas ninguém duvide: depende principalmente de nós.
Apesar do ambiente de incerteza internacional, o nosso país dispõe de condições e oportunidades únicas para levar a cabo as transformações necessárias que, há muito, vem adiando. A nosso favor temos o balanço de um ano de políticas firmes, seguras e responsáveis que já começaram a transformar Portugal.
Vamos continuar esse caminho, com ainda mais energia, determinação e coragem. Com ainda mais trabalho e capacidade de decisão. Para que, em 2030, a nossa economia registe um crescimento mais consolidado e robusto, ao nível dos parceiros mais desenvolvidos da União Europeia, as nossas empresas estejam capacitadas para investir e competir em pé de igualdade, aliviadas de burocracia e de uma carga fiscal paralisante. Um país que crie riqueza suficiente para garantir, de forma sustentada, melhores rendimentos aos trabalhadores e pensionistas portugueses, invertendo fenómenos de pobreza. Onde os cidadãos contem com um Estado social que funciona e com respostas eficientes na saúde, na educação, na mobilidade, na segurança. Em que o acesso à habitação seja efetivo, com mais 59 mil habitações públicas entregues às famílias. Com uma administração pública mais moderna, com melhor serviço aos cidadãos e funcionários públicos valorizados e motivados. Um país com imigração regulada e que integra com dignidade. E em que a política fiscal é justa e equilibrada, ajudando a reter o nosso capital humano, em especial os mais jovens. Um país que aproveita e rentabiliza com inteligência os investimentos do PRR e do Portugal 2030. E também um país envolvido na defesa e na segurança comum europeia, num horizonte que todos esperamos, nessa altura, com menos guerras e mais paz.
No que depender de nós, em 2030 estaremos como estivemos em 2024, na linha da frente das sociedades que viram aumentar mais os rendimentos do seu povo. Isso será possível com mais riqueza, que é essencial para que tenhamos mais justiça. É com os olhos postos nesse futuro próximo que temos todos, enquanto nação, de estar focados nos próximos anos. Focados e unidos. Sem querelas vãs ou divisões artificiais, instigadas pela intolerância, radicalismos e oportunismos. Antes imbuídos de espírito de diálogo construtivo que conduz ao processo de decisão produtivo. Para isso, contamos com o sentido de responsabilidade de todos. De todos, sem exceção. Para, juntos, construirmos o Portugal que ambicionamos.