Rezam as crónicas que Lionel Messi, em fim de contrato, deixará o Paris Saint-Germain no fim da época. O craque argentino deve abandonar o clube da Cidade Luz com mais um título francês no bolso (dois em duas épocas), mas sem aquela aura que se esperava depois de ter concretizado, no Catar, o sonho maior de ser campeão mundial pela Argentina.
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Por culpa do próprio Messi e do PSG, um clube que, apesar de gastar milhões e milhões, mostra ter uma gestão quase amadora. Daí que a ambição de ganhar a Liga dos Campeões do milionário dono, o catari Nasser Al-Khelaifi, vá de fracasso em fracasso, ano após ano.
O amadorismo de um clube de papel está evidente no último escândalo, o primeiro a envolver Messi em quase dois anos de estadia no PSG. Na sequência de nova derrota na Ligue 1, a terceira nos últimos seis jogos, o treinador Christophe Galtier resolveu mudar os planos à última da hora, marcando treinos a poucas horas do início das duas folgas previstas. E a tardia informação apanhou Messi já a caminho da Arábia Saudita, onde tinha compromissos comerciais a cumprir, como embaixador do turismo daquele país. Resultado mais do que previsível: o argentino faltou aos treinos e isso foi notícia com direito a parangonas.
O PSG, cuja incompetência criou mais um problema em tempos de turbulência, decidiu atuar como se fosse realmente um clube a sério, onde tudo é gerido de forma profissional. Vai daí, avançou para a suspensão de Messi durante duas semanas de toda a atividade, sem salário. Se o craque já dava sinais de estar farto de amadorismos - basta ver como têm sido construídos os plantéis, época após época -, o castigo parece ter selado de vez o divórcio. Messi continuará a ser Messi, nem que se vá juntar a Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita. E o PSG, enquanto começar a construir a casa pelo telhado, continuará a ser um projeto sem pernas para crescer, reduzido à liga francesa.
*Editor-adjunto