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Acho que ainda agora tremo. Aquilo que se viu, que se sentiu e que se viveu no final do Sporting-Gil Vicente ainda não foi totalmente explicado. Ainda não foi totalmente processado.
Eduardo Quaresma marcou, Eduardo Quaresma chorou e toda a gente chorou também, toda a gente pôde deixar explodir o que tinha estado guardado durante todo o jogo. Os vizinhos já estavam a fazer a festa, César Peixoto já estava a pensar o quão certeiro tinha sido há um mês, já estavam a tentar expulsar Gyokeres, Hjulmand, mas tiveram de engolir as palavras, os títulos das capas já escritos, as frases feitas.
O Sporting está vivo meus amigos! Sempre esteve! Mesmo quando nos disseram que nada seríamos sem quem abandonou o barco para se deixar ir para um Titanic, mesmo com mais lesões que jogadores, mesmo com os 20 anos que passaram em seis meses, nós estamos a três pontos de fazer a história que ninguém fez nos últimos 70 anos.
Viemos para a guerra e houve batalhas que perdemos, mas chegamos ao desafio final com a certeza de que só dependemos de nós. De que todas as lágrimas valeram a pena, de que todas as lutas foram ganhas com sangue, com suor, com garra, com a certeza de que, sendo Sporting, nunca estivemos sós. Somos família. Seremos sempre.
Aconteça o que acontecer, só vos pedimos a vocês jogadores e equipa técnica que continuem a querer, que continuem a lutar, que continuem a acreditar, como queremos, lutámos e acreditámos nas bancadas de Alvalade durante toda a temporada até ao fim. Sempre. Lado a lado. Acredita, Sporting!
*Adepta do Sporting