Algo se passa de muito grave no nosso país, neste verão, em matéria de segurança rodoviária. Quase diariamente temos informação de mortes, resultantes de colisões frontais, despistes, entre outros.
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Só a PSP e a GNR, nos primeiros quatro meses deste ano, registaram 43602 acidentes, com 160 mortos, valor superior a 2022. Nestes acidentes, 766 pessoas sofreram ferimentos graves.
De 2021 para 2022 aumentou-se de 390 mortos para 462 por ano, e muitos mais feridos graves.
Mas se Portugal está na cauda da Europa dos países com mais mortos por mil habitantes, de acordo com os últimos dados do Eurostat, em 2021, mais de 20 mil pessoas morreram, mais 6% face a 2020, o que marca o fim do declínio constante na UE em mortes anuais. E 40% dos acidentes fatais envolveram condutores com idade inferior a 30 anos. Contas feitas, é como se caíssem na Europa, por mês, seis aviões A330, dos maiores da TAP.
No caso português, em média, na última década, 650 pessoas perderam a vida por ano e mais de 2000 ficaram gravemente feridas. Fazendo as mesmas contas, é como se anualmente, em Portugal, caíssem, três desses aviões.
Apesar dos enormes esforços da ANSR, incentivando a comportamentos seguros, os resultados voltam a inverter-se. E as principais causas são o excesso de velocidade, o álcool e o uso do telemóvel. Assim, para além de mais fiscalização e transformação do desenho das estradas nacionais em ruas, onde ocorrem muitos dos acidentes, a aposta está em criar sistemas de acalmia de tráfego nos centros urbanos.
E claro, urge mudar comportamentos para enfrentarmos este flagelo. O único número aceitável de vítimas mortais é Zero.
Boas férias. Conduza devagar. Dê prioridade à Vida!